Dom Pedro II, nosso primeiro fotógrafo
O grande mecenas brasileiro do século 19, Dom Pedro II, patrocinou o estudo de compatriotas que projetariam o Brasil no cenário mundial, como o compositor Carlos Gomes.
Trouxe artistas que fariam a ponte com a cultura europeia.
Promoveu a recuperação da floresta da Tijuca, no Rio.
Um navio-escola francês, de passagem pela capital do Império, traz tecnologia revolucionária nas mãos do abade Louis Compte, ou seja, o daguerreótipo, invenção capaz de capturar imagens, impressas em metal.
O futuro imperador, então, com 14 anos recebe de Compte três demonstrações.
Assim, Pedro encomenda aparelho igual e torna-se o primeiro fotógrafo brasileiro.
Desta forma, incentivaria a profissão ao atribuir títulos e outras honrarias a nossos principais fotógrafos.
Fazia seus próprios registros ou comprava fotos por onde passava, numa época em que ainda não existia o cartão- postal.
Como resultado: mais de 25 mil imagens na maior e mais diversificada coleção particular do século 19.
As fotografias tiradas por Pedro II eram de alta qualidade, pois, eram registradas em negativos de vidro, em grandes formatos.
Durante mais de cem anos armazenadas, mas, ao abrigo da luz e da umidade conservaram a qualidade, apesar da reação química entre o papel e as substâncias de impressão à base de albumina (clara de ovo) fazer com que as fotos de Pedro II enrolassem.
Portanto, a fotografia tinha prestígio na corte, pois, os registros da família imperial no Rio eram considerados momentos importantes.
Marília Soraya Calheiros Câmara